Olá Pessoal,
Viajei
em agosto de 2013 para conhecer o Monte Roraima, e adianto que o lugar é
fantástico. Quando estava organizando a logística, confesso que me surgiram
diversas dúvidas, sobre o que levar, como chegar, quantos dias são necessários,
riscos, qual a melhor época do ano, enfim... acabei esclarecendo algumas delas
em relatos de pessoas que já estiveram lá no monte, em blogs da internet.
Resolvi
então postar o meu, para ajudar outros brasileiros que queiram saber mais sobre
o "mundo perdido". Espero responder a maioria das perguntas do
leitor, mas se quiser saber algo mais, fique a vontade para me enviar uma
mensagem.
Bom, primeiro gostaria de avisar
que não é difícil chegar ao cume do Roraima, basta um pouco de condicionamento
físico e disposição. Todo dia diversas pessoas se propõem a fazer esta
aventura, encontramos mais de trinta turistas descendo enquanto subíamos. A
média diária é cerca de dez pessoas.
A
intensidade do exercício quem diz é o freguês, pois você pode carregar seus
equipamentos ou contratar um carregador, pode acelerar ou reduzir a velocidade
da caminhada, pode parar para descansar quantas vezes quiser no caminho. Abaixo
lanço o tempo que realizamos todos os percursos, e não precisamos correr para
fazer isto, foi bem tranquilo.
Quando decidi ir ao Roraima,
convidei os amigos Paulo Winter e Edgar Hoff, porém não tinha conhecimento de
muita coisa, somente que era preciso de uma semana para fazer o percurso.
Compramos então as passagens e depois comecei a pesquisar as informações na
internet, só nesse momento vi que era obrigatório ter um guia.
Fiquei
bastante apreensivo quanto a isso, imaginando que algo poderia dar errado, pois
só tínhamos 6 dias contados para subir e descer. Mas deu tudo certo, e comento
algumas dicas boas para não acontecer o mesmo com você.
O
Monte Roraima encontra-se na tríplice fronteira: Brasil, Venezuela e Guiana.
Somente 5% do monte pertence ao Brasil, e chegar ao cume por este lado requer
dias de escalada, não sendo possível a subida caminhando.
O
início da expedição a pé acontece em território venezuelano, dentro do Parque
Nacional de Canaima, na tribo dos índios Paratepuy. Para chegar nesta tribo,
carros saem diariamente da cidade de Santa Helena de Uiaren (primeira cidade
venezuela após a divisa com o Brasil), mas é preciso agendar previamente.
Normalmente
é fechado um pacote, incluindo guia, transporte, entrada no Parque, mais
carregador e comida (opcional). Diversas agências fazem este pacote, algumas em
Boa Vista (Brasil) e outras em Santa Helena de Uiaren (Venezuela). Quando
pesquisei, as empresas brasileiras cobravam cerca de cinco vezes mais, então
resolvemos ir pelo método de "la garantia soy yo".
Entrei
em contato com um tal de Alvarez, guia venezuelano, que acabei descobrindo pela
internet, em um blog.
Contato
dele: rstagransabana@hotmail.com, tel: 04143852846 / 04148542940.
Ele
diz ter um escritório perto da rodoviária de Santa Helena de Uiaren, mas está
sempre na pousada Michelle, e foi lá que encontramos ele. Seus e-mails eram sempre
curtos, e demorava para responder. Daí minha apreensão de que ele fosse
farrapar, mas deu tudo certo.
Ele
cobrou 3.800 bolívares por pessoa (preço para contratar tranporte de Santa
Helena até a tribo dos Paratepuy + guia + acesso ao Parque + mapa). Naquele dia
a cotação estava um real = 15.5 bolívares, e conseguimos então o equivalente a
R$ 245,00 por pessoa (enquanto que as agências brasileiras cobravam mais de mil
reais).
Essa
cotação só vale para os cambistas na rua (ficam com coletes vermelhos no centro
de Santa Helena de Uiaren), em câmbio oficial pagam somente Bs.F. 3 para R$
1,00 (baita diferença).
Estava
com medo de receber notas falsas, ou ser roubado na rua, mas logo vi que este câmbio é bastante comum por lá, e não tivemos problema. Detalhe: a maior nota de bolívar
vale Bs.F. 100, então prepare-se para sair com uma grande quantidade de notas
na mão.
No
nosso caso, trocamos R$ 990,00, e recebemos Bs.F. 15.444,00 (em notas de cem),
o cambista ainda fez a taxa de 15.6 pela quantidade.
Acertamos com o Alvarez na própria pousada
Michelle, porém sem garantia de nada. Pagamos adiantado, sem recibo, nota,
somente com a promessa de que ele nos levaria até lá.
Achamos
por bem ainda contratar um carregador para os três. O Alvarez conseguiu um para
a gente, chamado Ezequel, e cobrou Bs.F. 400 por dia. (ou seja, Bs.F. 2400 total ou R$ 153,86 que foi dividido para nós três).
Os
carregadores levam até 15kg, porém não levam itens pessoais (roupas, saco de
dormir, fezes), ou seja, eles transportam barracas, comida, fogareiro, panelas,
etc. Se quiser que levem também os itens pessoais tem que pagar extra.
O
preço que eles cobram é muito pequeno, uma exploração. O carregador tinha 19
anos, ficou seis dias com a gente longe da sua familia, carregando 15kg mais o
peso dos equipamentos dele, teve que comprar sua comida, e recebeu somente R$
153,86 por tudo. Ele praticamente recebeu para sobreviver esses dias.
Quando
regressamos da viajem, pagamos um pouco a mais para o guia e carregador, pois
ficamos satisfeitos com o trabalho deles e vimos que o preço é mesmo muito
baixo que eles cobram (embora a moeda seja outra). O guia recebeu do Alavarez
somente Bs.F. 550 por dia, totalizando Bs.F. 3300 (ou R$ 212,90).
Como
o guia foi muito gente fina, recomendo que entrem em contato diretamente com
ele, já que ele é quem faz o trabalho pesado, e ele mesmo pode conseguir o
restante (transporte, entrada no parque e mapa), por um preço ainda mais em
conta. Não falo nem pela economia, mas principalmente por valorizar os serviços
do guia, dando mais dinheiro para quem realmente trabalha.
Nosso
guia se chama José Gregory Lanz (em espanhol Rosé), e seu e-mail é lanzhunter91@gmail.com, telefone:
0426-9956827. Pode ser que ele demore a responder, pois vive subindo e descendo
o monte. Com a gente foi a décima oitava vez que ele estava subindo, chegamos
na segunda em Santa Helena e ele já iria voltar ao cume no dia seguinte, com
outro grupo. O Ezequel, nosso carregador, é cunhado dele.
Aproveito
o espaço para registrar meu respeito e admiração deste guia. Foi bastante
profissional, demonstrou bastante conhecimento da história do local, e sempre
prestativo. Já havia lido péssimos comentários de outros guias em blogs,
portanto me surpreendi positivamente com José.
No caminho do cume existem alguns acampamentos para apoio, conforme o mapa a seguir:
Nossa
viagem ocorreu como segue:
27/08/2013
(terça-feira)
Chegamos
em Boa Vista (RR) às 19h50min, depois de 20h de voo. Notar que o horário de Boa
Vista é uma hora atrasado em relação a Brasília.
Queríamos
ir logo para Santa Helena de Uiaren, para começar a expedição no dia seguinte
pela manhã, mas a fronteira fecha às 20h00min. Tentamos então viajar até
Pacaraima (cidade brasileira vizinha de Santa Helena, na fronteira), para
dormir mais perto do destino, porém nenhum taxista estava no terminal naquele
horário. O jeito foi dormir em Boa Vista mesmo, e viajar logo cedo no dia
seguinte.
Dormimos
na pousada Talismã, mais próxima do terminal de táxis que levam para Santa
Helena de Uiaren. Ela fica em frente ao IML. O táxi do aeroporto até a pousada custou
R$ 30,00. Lá eles não usam taxímetros, possuem uma tabela fixa para os bairros
da cidade, o que deixou caro pelo pequeno deslocamento.
Jantamos
em um restaurante muito bom, chamado "Sabores da Sopa", perto da
pousada. Comi bastante, rodízio de sopa, no valor de R$ 17,00.
A
pousada é simples porém limpa, e cobrou R$ 100,0 no quarto para três.
28/08/2013
(quarta-feira)
Acordamos
cedo, e 05h00 já estávamos no terminal do Caimbé, onde pegamos o táxi para a fronteira, no valor de R$ 25,00 por pessoa.
Fique atento, utilize sempre os carros oficiais, com uma faixa verde na
lateral.
A
viajem acontece pela BR 174, estrada boa, com aproximadamente duas horas de
duração. Na fronteira não esqueça de carimbar seu passaporte, e apresentar a
carteira de vacinação contra febre amarela (MUITO IMPORTANTE).
O
táxi da divisa até o centro de Santa Helena custou Bs.F. 30 por pessoa, mas
como ainda não tínhamos trocado o dinheiro, pagamos R$ 5 cada um. Pedimos ao
taxista para ficar na pousada Michelle, embora a cidade não seja muito grande,
e você pode caminhar por quase toda ela.
O
preço de 70 litros de gasolina na Venezuela é Bs.F. 4 (isso mesmo, equivalente
a R$ 0,25), por isso vários loucos se arriscam diariamente a levar mil litros
de gasolina dentro de carros de passeio para vender em Boa Vista.
Chegamos
na pousada Michelle por volta das 9h00, e telefonei para o Alvarez de um
telefone fixo. Ele fala tanto espanhol quanto inglês.
Disse
que não poderíamos iniciar a caminhada no mesmo dia, pois da tribo Paratepuy só
são permitidas excursões saindo até 13h30min (para não ter que caminhar no
escuro), e ele ainda iria agilizar o guia.
Nota:
O fuso horário em Santa Helena de Uiaren é 30 min atrasado em relação a Boa
Vista (1h30min em relação a Brasilia) - nem sabia que existia hora quebrada,
mas é isso mesmo.
Aproveitamos
então naquela manhã para trocar dinheiro, e comprar algo que faltava. Almoçamos
no Chef Burguer, prato feito com frango assado, muito bom, por Bs.F. 70.
Decidimos
dormir na tribo dos Paratepuy, para iniciarmos a caminhada logo cedo no dia
seguinte, não podíamos perder tempo. Uma caminhonete nos pegou na pousada
Michelle às 14h00, e o custo estava incluído no pacote com o Alvarez.
O
percurso até a tribo não é longo, aproximadamente 70 km de asfalto e 20 km de
chão batido, quase duas horas. Pelo asfalto passamos por algumas barreiras
policiais, militares armados com fuzil são normais.
Na
tribo dos Paratepuy assinamos o livro de controle (pois partiríamos antes de
abrir no dia seguinte), visitamos o mirante, e armamos acampamento. Existe um
gerador que fica ligado 24h nesta tribo, e vendem cerveja gelada a Bs.F. 20.
Altitude da tribo: 1275m. Dormimos por volta das 20h.
Detalhe:
se desejar ir por conta própria, pode contratar um guia e carregador nesta
tribo, bem como pagar a entrada no Parque (no nosso caso já estava incluído no
pacote com o Alvarez). O guia é obrigatório para seguir adiante.
29/08/2013
(quinta-feira)
Acordamos
05h27min e começamos a caminhar às 06h40min. Levamos 3h32min até chegar ao rio
TEK, onde existe um acampamento (com algumas casas de barro e gerador) e também
com venda de cerveja e refrigerante (Bs.F 30). As excursões normalmente saem da
tribo por volta de 12h00 e param neste acampamento do rio TEK no primeiro dia.
Contudo, estávamos querendo ganhar tempo e seguimos caminhada.
Altitude
do acampamento no rio TEK: 1.110m (mais baixo que a tribo Paratepuy).
Fica
a dica: a taxa para entrar no Parque inclui o pagamento de um índio para ficar
neste acampamento, que na verdade são familias de índios que moram por ali.
Neste ponto você pode deixar comida para utilizar na volta, e evitar carregar
peso à toa. Obviamente os índios não se responsabilizarão se algum outro
turista utilizar seu material, não existe este controle.
Paramos
por cerca de 01h30 no rio KUKENAN (25min de caminhada após passar o rio TEK),
onde tomamos banho e comemos alguma coisa. A água estava muito agradável,
gelada, e o sol escaldante.
Ao lado do rio KUKENAN existe outro acampamento, com o mesmo nome. É uma questão de escolha, dormir no acampamento do TEK ou KUKENAN, ambos são próximos e parecidos, porém o TEK tem cerveja e refrigerante gelados.
Após
o KUKENAM existe um trecho de aclive (800m de desnível), que foi desgastante.
Praticamente não existem platôs para descanso, é subida o tempo inteiro.
Chegamos no acampamento BASE (bem próxima da rocha) às 16h06min, ou seja,
incluindo todas as paradas e descansos, levamos 09h26min da tribo Paratepuy até
o acampamento BASE. Reafirmo que não é preciso correr, fomos bem tranquilos, e
ainda parei para passar gelol nas panturrilhas (deu câimbra nas duas).
Altitude
no acampamento BASE: 1.880m.
Segundo
o guia, o percurso total da tribo até o acampamento BASE é de 27km, mas volto a
dizer: a maior parte das expedições divide em dois dias este percurso, se programe
para ir sem pressa, e aproveitar bem a natureza.
Montamos
as barracas em baixo de uma lona azul, e dormi muito bem esta noite.
30/08/2013 (sexta-feira)
Acordamos
06h12min, e atacamos o cume às 08h30min. Até o topo são mais 800m de desnível,
porém com uma inclinação maior, chegando aos 75 graus, já que o percurso é de
apenas 4km.
Paramos
várias vezes para descansar, e chegamos no Hotel PRINCIPAL após 04h39min de
subida. Hotel é como eles chamam os acampamentos no topo, e cada um possui um
nome, existe o ÍNDIO, BASILIO, GHÁCHARO, COATÍ (lado do Brasil), entre outros.
Existe
água em diversos pontos do caminho, levei um cantil de um litro e foi mais que
suficiente. O maior trecho que se percorre sem água durante toda expedição tem
duas horas de caminhada. Eu havia levado Hipoclorito para purificar a água mas
não cheguei a usar, a água é sempre corrente, e muito limpa. Vale a dica, pouca
água, menos peso para carregar.
Na
chegada o dia estava nublado, e acabamos ficando no hotel o resto do dia. Haviam
três alemães acampados no mesmo local, que voltaram no dia seguinte.
Aproveitei
a tarde para costurar minha bota Bull Terrier (me decepcionei demais com a
marca), paguei caro no produto e me deixou na mão. A sola descolou por
completo, e era apenas a segunda vez que utilizava a bota. Nesta hora minha
agulha e nylon foram bem úteis.
Altitude
do cume, no Hotel PRINCIPAL: 2.660m.
Dormimos
20h20min.
31/08/2013 (sábado)
Acordamos
05h39min, e saímos às 08h00 para explorar o cume.
Este
foi sem dúvida o melhor dia, estava fazendo um lindo sol e pudemos conhecer
lugares fantásticos, inclusive tomar banho nas Jacuzzis (embora fizesse 9 graus
fora da água)
Conhecemos:
Vale de quartzos, lagoa dos diamantes, cachoeira dos namorados, la ventana,
jacuzzi, caverna "la cueva", pedra Maverick (ponto mais alto do
monte).
Poderíamos
ter optado em conhecer o ponto tríplice, porém este fica a 5h de caminhada de
onde estávamos. Passaríamos caminhando o dia inteiro no cume sem ver nada, e
depois teríamos que caminhar tudo de volta. Pretendo voltar com mais tempo, e
dormir no Hotel COATÍ (mais próximo do ponto tríplice), porém para fazer isso tem
que ser em sete ou oito dias de expedição.
Com
apenas um dia que tínhamos para explorar o cume, sem dúvida essa foi a melhor opção.
A
temperatura no cume do monte costuma variar muito: durante o dia em torno de
20, 25 graus e à noite próximo de zero graus. Prepare-se para sentir frio
durante a noite, leve um bom saco de dormir. Além disso, vento, chuva, sol,
mudam muito rapidamente no cume, o tempo é imprevisível. Quando for caminhar
para explorar o cume leve sempre o poncho e agasalho para frio.
Apesar
de termos levado toda comida, ouvi falar muito bem da comida preparada pelas
excursões completas, pode ser uma boa opção.
Dormimos
às 20h58min.
01/09/2013
(domingo)
Acordamos
às 05h09min, e começamos a retornar às 07h30min, iniciando a descida.
A
descida é muito mais fácil, o peso da mochila é menor, e o desgaste é menor.
Deve-se cuidar somente com os joelhos, que são bastante exigidos.
Pela
facilidade da descida, a maioria das expedições acaba retornando até o
acampamento do rio TEK no mesmo dia, sem ter que dormir no acampamento BASE, e
assim fizemos.
Levamos
06h52min para chegar ao acampamento do rio TEK, contando com todas as paradas
para descanso.
Tomamos
um bom banho no rio, e lavei algumas peças de roupa. Nesta noite haviam muitos
mosquitos (PURI-PURIS). Eles são violentos, sua picada coça bastante e dura
alguns dias para cicatrizar. Outra dica importante: não basta repelente, leve
também roupas compridas (calça de compressão, camisa manga longa) para se
proteger dos mosquitos e frio durante a noite. Se bem que só percebi estes
mosquitos nesta última noite.
Fomos
dormir por volta das 20h00.
02/09/2013
(segunda)
Acordei
às 04h51min para ver o sol nascendo.
Saímos
às 07h30min para o trecho final, retornando a tribo dos Paratepuy. Caminhamos
por 03h27min, incluindo tempo para descanso.
Na
tribo eles revistam todas as pessoas, para certificar que ninguém está levando
pedras, flores, ou animal do monte.
Checam
ainda se todo lixo está com você. Observação: no topo é proibido defecar e
deixar os excrementos lá. O guia fornece um pouco de cal, que deve ser
misturado com suas fezes em uma sacola plástica para trazer de volta até a
tribo dos Paratepuy. Isso por que existe pouquíssima areia no cume, e as fezes
demorariam para se degradar lá em cima. No restante do percurso pode procurar
uma moita distante da trilha e enterrar por lá mesmo.
Esperamos
cerca de uma hora até que a caminhonete chegou para buscar a gente. Almoçamos
em São Francisco, uma cidade no caminho com vários restaurantes e artesanato
dos índios para vender. Bom deixar alguns bolívares para esse momento, tem
muita coisa interessante lá. Comprei uma pimenta chamada CUMATI, feita com
formigas pelos índios.
Quando
chegamos em Santa Helena de Uiaren, voltamos até a pousada Michelle, onde
passamos a noite. Valor da diária Bs.F. 270 para três pessoas, isso mesmo R$
5,80 pra cada um. Tudo bem, a pousada não é boa, sem janela no quarto, toalha
rasgada pela metade, mas foi melhor do que as noites em barraca.
03/09/2013
(terça)
Não
foi difícil tomar um táxi de volta até Boa Vista, paramos somente para carimbar os passaportes
na fronteira.
Nosso
vôo de retorno saiu 20h20min de Boa Vista, e enfrentei mais 20h até chegar em
Maceió novamente.
No
total, gastei R$ 1.100 de passagem (ida e volta, Maceió - Boa Vista, pela Azul,
incluindo taxas) e R$ 580 com o restante (refeições, táxis, guia, carregador,
lembranças, e tudo mais). Ou seja, gastei R$ 1.680 com tudo, uma bagatela pela
experiência vivida.